terça-feira, 21 de agosto de 2007

FELICIDADE E EVOLUÇÃO



Dr. Edward Bach, em seu “Cura-te a ti Mesmo” (Os Remédios Florais do Dr. Bach”, de E. Bach, Editora Pensamento), na década de 30 do século passado, já preconizava a necessidade de as pessoas passarem a ser responsáveis pela sua cura e por si mesmas.


Afirmava que a doença é o estágio final de um distúrbio muito mais profundo, que são os conflitos gerados por atos que praticamos contra nós mesmos, através dos desvios na rota que o plano divino nos ajudou a traçar.


Segundo Dr. Bach, a “real natureza de uma enfermidade será um guia eficaz para que se identifique o tipo de ação que se está praticando contra a Divina Lei do Amor e da Unidade”. E que, na realidade, nossas verdadeiras doenças são os defeitos como orgulho, crueldade, ódio, egoísmo, instabilidade, ignorância , ambição e outras tantas que vamos aperfeiçoando durante a vida.


Ao persistirmos nesses defeitos, surgirão as manifestações físicas (as doenças): o orgulho pode levar à rigidez de articulações; a raiva a males do fígado; a ambição à prisão de ventre; as mágoas à problemas pulmonares, e assim por diante. Quando se reconhece os erros e começa-se a praticar a virtude oposta, os defeitos vão se atenuando, os problemas de saúde vão melhorando e, paulatinamente, passamos a ser diretamente responsáveis por nossa cura.


Entretanto, nesta fase tão conturbada do mundo, momento de grandes transições, percebe-se que os seres humanos por mais equilibrados que pensavam estar, têm sentido necessidade cada vez mais de buscar ajuda, uma vez que as atividades diárias são tão intensas e o tempo gasto para a auto reflexão fica paulatinamente mais restrito. Este é um momento histórico de intranquilidade financeira; conflitos pessoais, familiares e de relações sociais; doenças. Devido a essa inquietação buscamos muitos subterfúgios para não pensar, anestesiamos nossos sentimentos para não se expor, procuramos a fuga e não a solução de nossos problemas.


Como a medicina convencional, sozinha, não mais corresponde aos anseios dos seres humanos, uma vez que passamos a entender que toda doença é psicossomática (atinge a soma, isto é, ao físico, e ao psicológico), re-aprendemos que são necessárias outras providências que tratem os sofrimentos de uma maneira completa, tanto o físico como o emocional. Além dos corpos físico e emocional, o ser humano tem uma alma que precisa ser tratada ao mesmo tempo.


É importante que, profilaticamente ou ao adoecer, procuremos o curador de homens, o médico academicamente formado e que vai pesquisar a causa de nossos desequilíbrios físicos ou de como preveni-los. As especializações em medicina fizeram com que o conceito do médico de família se perdesse historicamente, e fosse fragmentando cada vez mais o paciente, impedindo a visão holística e integral, vê-lo como um doente e não como portador de doenças. O terapeuta de almas complementa essa busca e ajuda o homem a motivar-se, integralizar-se e encontrar sua própria cura. O homem nasceu para ser feliz e é a busca dessa felicidade que nos impulsiona. E felicidade implica em ausência de doenças e de conflitos.


A felicidade parcial é aquela em que nos contentamos com os momentos de alegria. Tratamos aqui não desses momentos, mas sim da felicidade Total, aquela em que o homem é feliz, é seu estado de Ser e não de ter. Isso não quer dizer que todos os problemas serão eliminados e ele passará a viver em estado contemplativo, sem necessidade de bens materiais. Não, os problemas virão e ele agradecerá ao Universo a oportunidade de crescer, amadurecer e evoluir com essas mazelas, sem a procura frenética da matéria, sem deixar de ser feliz. Mas, sendo feliz, trará para si seu lado material, seus bens, uma vez que o conforto também é necessário para a tranqüilidade emocional necessária, e usufruirmos com temperança o que a abundância nos proporciona.


Partindo de nossas dificuldades, que sabemos ser muitas, vamos procurar e aproximar o que nos faz ser felizes, e manter esse estado. Lembrando sempre que não evoluímos sozinhos no universo, somos co-autores desse movimento, em parceria com todos os seres que aqui já viveram e que deram sua contribuição, pôr mais ínfima que possa ter sido. E a cada instante, do pulsar de nossos corações e da abertura de nossas mentes, participamos da mobilização e ascensão do planeta, onde todas as personalidades estejam em harmonia, avançando em direção à perfeição de nossas naturezas.

(texto extraído do livro homônimo, de nossa autoria)





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