sexta-feira, 27 de março de 2009

Proteja-se das Energias Negativas


Já sabemos que as energias negativas são uma das maiores preocupações do ser humano. Procurar fugir delas é besteira. Elas nos alcançam em qualquer lugar do planeta. Mas podemos nos defender, começando a tomar uma série de atitudes e providências. Abaixo, seguem seis dicas pessoais para começar a combatê-las.

1. NÃO TEMER NINGUÉM:
Uma das armas mais eficazes na subjugação de um ser é impingir-lhe o medo. Sentimento capaz de uma profunda perturbação interior, vindo até a provocar verdadeiros rombos na aura, deixando o indivíduo vulnerável a todos os ataques. Temer alguém significa colocar-se em posição inferior, temer significa não acreditar em si mesmo e em seus potenciais, temer significa falta de fé. O medo faz com que baixemos o nosso campo vibracional, tornando-nos assim vulneráveis às forças externas. Sentir medo de alguém é dar um atestado de que ele é mais forte e poderoso. Quanto mais você der força ao opressor, mais ele se fortalecerá.

2. NÃO SINTA CULPA:
Assim como o medo, a culpa é um dos piores estados de espírito que existem. Ela altera nosso campo vibracional, deixando nossa aura (campo de força) vulnerável ao agressor. A culpa enfraquece nosso sistema imunológico e fecha os caminhos para a prosperidade. Um dos maiores recursos utilizados pelos invejosos é fazer com que nos sintamos culpados pelas nossas conquistas. Não faça o jogo deles e saiba que o seu sucesso é merecido. Sustente as suas vitórias sempre!

3. ADOTE UMA POSTURA ATIVA
Nem sempre adotar uma postura defensiva é o melhor negócio. Enfrente a situação. Lembre-se sempre do exemplo do cachorro: quem tem medo do animal e sai correndo, fatalmente será perseguido e mordido. Já quem mantém a calma e contorna a situação, pode sair ileso. Ao invés de pensar que alguém pode influenciá-lo negativamente, por que não se adiantar e influenciá-lo beneficamente? Ou será que o mal dele é mais forte que o seu bem? Por que será que nós sempre nos colocamos numa atitude passiva de vítimas? Antes que o outro o alcance com sua maldade, atinja-o antecipadamente com muita luz e pensamentos de paz, compaixão e amor.

4. FIQUE SEMPRE DO SEU LADO:
A maior causa dos problemas de relacionamentos humanos é a "Auto-Obsessã o". A influência negativa de uma pessoa sobre outra sempre existirá enquanto houver uma idéia de dominação, de desigualdade humana, enquanto um se achar mais e outro menos, enquanto nossas relações não forem pautadas pelo respeito mútuo. Mas grande parte dos problemas existe porque não nos relacionamos bem com nós mesmos. 'Auto-Obsessão' significa não se gostar, não se apoiar, se autoboicotar, se desvalorizar, não satisfazer suas necessidades pessoais e dar força ao outro, permitindo que ele influencie sua vida, achar que os outros merecem mais do que nós. Auto-obsediar- se é não ouvir a voz da nossa alma, é dar mais valor à opinião dos outros. Os que enveredam por esse caminho acabam perdendo sua força pessoal, e abrem as portas para toda sorte de pessoas dominadoras e energias de baixo nível. A força interior é nossa maior defesa.
5. SUBA PARA POSIÇÕES ELEVADAS:
As flechas não alcançam o céu. Coloque-se sempre em posições elevadas com bons pensamentos, palavras, ações e sentimentos nobres e maduros. Uma atmosfera de pensamentos e sentimentos de alto nível faz com que as energias do mal, que têm pequeno alcance, não o atinjam. Essa é a melhor forma de criar 'incompatibilidade' com as forças do mal e energias incompatíveis não se misturam.

6. FECHE-SE ÀS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS:
As vias de acesso pelas quais as influências negativas podem entrar em nosso campo são as portas que levam à nossa alma, ou seja, a 'mente e o 'coração'. Além de manter o coração e mente sempre resguardados das energias dos maus pensamentos e sentimentos, fuja das conversas negativas, maldosas e depressivas. Evite lugares densos e de baixo nível. Quando não puder ajudar, afaste-se de pessoas que não lhe acrescentam nada e só o puxam para o lado negativo da vida. O mesmo vale para as leituras, programas de televisão, filmes , músicas e passatempos de baixo nível. "

Desconheço o autor do texto

quinta-feira, 26 de março de 2009

NORMOSE (a doença de ser normal)

Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar.
O sujeito"normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Bebe socialmente, está de bem com a vida, não pode parecer de forma alguma que está passando por algum problema. Quem não se "normaliza", quem não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.
A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós? Quem são esses ditadores de comportamento que "exercem" tanto poder sobre nossas vidas?
Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados.
A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer ser o que não se precisa ser. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?
Então, como aliviar os sintomas desta doença? Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante.
O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.
Eu simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam para remover obstáculos mentais e emocionais e tentam viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Para mim são os verdadeiros normais, porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações. Se parecem sofrer, é porque estão sofrendo. E se estão sorrindo, é porque a alma lhes é iluminada.
Por isso divulgue o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

Texto: Michel Schimidt, psicoterapeuta

quarta-feira, 25 de março de 2009

Felicidade pega


Existem pessoas que nascem de baixo-astral, sempre se queixando de tudo, só falando de problemas.

Fácil não é, mas existem maneiras de procurar a felicidade. A primeira coisa -e a mais importante- é tentar só ter como amigos gente com a vocação da felicidade. É claro que às vezes eles passam por problemas, e devemos ser solidários nesses momentos. Mas existem pessoas que nascem de baixo-astral, sempre se queixando de tudo, só falando de problemas e tristezas. Se você conviver muito com pessoas assim, pode saber que vai ficar mal. Aliás, gente assim só gosta de se dar com pessoas como elas; quem, nascido com o DNA lá em baixo, vai suportar ser amiga de quem é feliz, otimista, que vive rindo e achando a vida boa?E não falo só de amigos: se o seu tintureiro se queixa o tempo todo da vida, o professor de ginástica só conta desgraças, a faxineira, as doenças dela e da família inteira, troque, mesmo com dó e piedade. Você tem que se defender, e uma das maneiras é se afastar, fugir, não chegar nem perto.
Eu tive uma empregada que era excelente, e apesar de só se queixar e me contar histórias trágicas (e antigas) -como morreu a avó há 50 anos, a sobrinha que tinha um filho que estava preso, a irmã que pesava 110 quilos e era diabética (tudo com riqueza de detalhes)-, fiquei com ela durante anos, já que era uma ótima profissional. Mas um dia não deu mais. Fiz das tripas coração e a demiti, com todas as vantagens da lei e muitas outras, para me livrar da culpa. Mas fiquei pensando: será que ela vai encontrar outro emprego? E se não encontrasse, a culpa seria toda minha, que deveria ter sido mais paciente e tolerante, sabendo que a vida dela não era fácil etc. etc. Mas sabe aquele dia em que não dá mais?Pois não deu; assumir minha culpa não foi fácil, mas o que era para ser feito foi feito.
Aí veio uma outra, que não deu muito pé, e antes que laços de amizade se fizessem, dispensei. E aí veio a terceira, e minha vida mudou. Em primeiro lugar, ela é uma pessoa de altíssimo astral. Bem casada, feliz com o marido, e com um sorriso -quando não uma gargalhada- o tempo todo. Quando ela veio pela primeira vez conversar comigo, me chamou logo de Danuza, não de dona Danuza. Como desde que me entendo por gente as empregadas chamam as patroas de dona, achei um pouco estranho, mas não tive nenhuma condição de pedir que ela me chamasse de dona. Afinal, isso não tem nada a ver comigo. E assim fomos indo: Danuza pra cá, Vanúzia (é o nome dela) pra lá, e a vida correndo não só bem, como cada vez melhor. Ela me elogia, diz que o cabelo novo ficou ótimo, e me confessou que adora Clodovil, Agnaldo Timóteo e não perde um show de Fagner, sua grande paixão. Tudo isso me faz rir, e de repente percebi que estava rindo o dia inteiro.
Ontem ela estava na área passando roupa, e de repente ouvi um som estranho. Fui ver e era ela, com o ferro na mão, cantando; cantando alto uma música que nunca ouvi, provavelmente do repertório de Alcione, e quando cheguei à área ela me abriu um grande sorriso e perguntou "quer um chazinho gelado? Você quase não toma água, e água faz bem, vou pegar um copinho para você". Largou o ferro e me trouxe um chá bem gelado, e eu vi o quanto eu era feliz de ter uma pessoa assim perto de mim. Uma empregada que canta e que na hora de ir embora me manda um beijo; tem coisa melhor?
Vanúzia vai levar um susto quando ler esta coluna; é capaz até de mandar emoldurar, mas ela merece, pela felicidade que me dá.E descobri que felicidade e tristeza são tão contagiantes quanto o sarampo.

Texto de Danuza Leão, danuza.leao@uol.com.br, 22/03/09, Cotidiano da Folha de S.Paulo

sexta-feira, 20 de março de 2009

Equinócio de Outono


Nesta sexta-feira, 20 de março, às 08:32hs de Brasília, começou mais um Equinócio de Outono e o ingresso do Sol no signo de Áries, iniciando o no novo Ano Astrológico, que é orientado pelo movimento das estações e o ciclo zodiacal.
O equinócio de outono assinala o começo da estação no Brasil. O outono chegou, as flores começam a secar, a temperatura começa a ficar mais amena e as chuvas de verão são gradualmente substituídas por nevoeiros e geadas. É a preparação para a próxima etapa, o inverno.
Nos equinócios – o da Primavera ocorre em setembro - o dia e a noite têm exatamente a mesma duração, com 12 horas para cada um. Já os solstícios de Inverno (julho) e Verão (dezembro) indicam, respectivamente, as jornadas de maior ou menor duração do dia em relação à noite.
Os dias de equinócio são pontos de equilíbrio, onde dia e noite se igualam. No entanto, enquanto o equinócio de primavera é um período de equilíbrio para preparar-se para a ação, o equinócio de outono é um período de equilíbrio para preparar-se para o repouso, que vem no inverno.
No caso do Equinócio do Outono, ambas as palavras originam-se do latim: Equinócio [aequus=igual; nox=noite] e Outono [autumnus=crescer]. Os primeiros relatos de festejos dos equinócios remontam aos celtas, estendendo-se às wicca, aos astrólogos. Outono, do latim tempus autumnus, refere-se aos dias da estação com a coloração do pôr do Sol, o ocaso.
O conhecimento deste e de outros períodos do ano é mais antigo do que se supõe. Os primitivos povos britânicos, por exemplo, construíam as “quatro pedras da estação”, o Stonehenge, na planície de Salisbury, no sul da Inglaterra. Os cientistas acreditam que o monumento, construído por volta de 2100 a.C., era uma espécie de observatório astronômico. Como eles, diversos povos aprimoraram técnicas para saber o momento adequado de plantio e colheita.
Os xamãs referem-se ao equinócio do outono como o dia de aniversário do Planeta Terra, e em seus rituais sugerem uma reflexão sobre a vida e o que queremos para o futuro, deixando os pesos do passado definitivamente para trás.
A astrologia concorda, é o período de interiorização, de fazer silêncio para poder contemplar o que nos habita e executar a depuração profunda do ser, na busca da singularidade, autenticidade e identidade pessoal. Despojamo-nos de tudo o que não serve e que não corresponde ao momento atual. Joga-se fora tudo o que não é usado.É um momento favorável para balanço profundo da vida, em busca daquilo que nos corresponde, aprendendo com os erros, curando feridas, amadurecendo e evoluindo no conhecimento de si. É um período em que se ganha maturidade, conhecimento e consistência.Este movimento de encontro consigo mesmo, no outono, é totalmente coerente com a natureza do signo de Áries na Astrologia. Para nós, aqui no hemisfério sul, o signo de Áries vai além da sua condição primaveril do impulso, da criancice, para tomar outro rumo: o do encontro com a individualidade e a identidade pessoal. Áries, para o Sul, é uma vibração que ressalta a maturidade, a consciência de si, a liderança competente e ciente do que se quer.
Celebre o equinócio de outono. Se gosta de rituais, prepare uma mesa com muitas folhas e sementes secas, e grãos de milho. Feche os olhos, ouça uma música calma, e lembre-se que este é um momento de se preparar para o período de introspecção e avaliar a colheita pessoal, decidindo o que será consumido e o que será guardado como sementes para serem plantadas no ciclo seguinte. É reconhecer o que foi aprendido e determinar o modo como usaremos esse aprendizado. O equilíbrio dessa data, diante da iminência da chegada dos dias mais frios, remete à responsabilidade que temos em relação à nossa colheita pessoal e o que vamos fazer com ela.
Quem vive em centros urbanos, a melhor forma de celebrar este ritual é doando o que não se usa mais, especialmente roupas, para pessoas carentes, ou fazendo tarefas que normalmente se considera um sacrifício, conscientes de que o sacrifício imprime autodisciplina.

terça-feira, 17 de março de 2009

Excomungamos


Ainda a respeito da excomunhão, decorrente do aborto a que se submeteu a criança de 9 anos de idade, vítima de estupro, segue reflexão do padre Alfredo J.Gonçalves, CS

Excomungamos todos aqueles que multiplicam sua renda através da
especulação financeira, principais responsáveis pela crise atual, com
todos os males que ela provoca, tornando mais miseráveis os pobres e
mais poderosos os ricos...

Excomungamos todos os “paraísos fiscais”, onde o trabalho da imensa
multidão anônima se converte em ouro, em dólares e em capital para uso
de poucos...

Excomungamos o sistema capitalista de produção e sua filosofia liberal
que, ao longo da história, se nutre da exploração dos recursos
naturais, do trabalho humano e do patrimônio cultural dos povos...

Excomungamos todos aqueles que acumulam fazenda sobre fazenda, casa
sobre casa, criando imensos latifúndios improdutivos ou mansões
vazias, ao lado de milhões de pessoas famintas e sem terra e sem
teto...

Excomungamos os responsáveis pelos assassinatos no campo e na cidade,
não somente os que empunham a arma do crime, mas com maior razão os
que pagam para matar...

Excomungamos todos os políticos que, apoiados pelo voto popular, usam
do poder em benefício próprio e de seus apadrinhados, traindo aqueles
que o elegeram e corrompendo os canais da participação popular...

Excomungamos todo Estado que alimenta um exército de soldados e
burocratas e, ao mesmo tempo, deixa cada vez mais precários os
serviços públicos, substituindo-os com políticas compensatórias...

Excomungamos todos os traficantes de droga, de pessoas humanas ou de
órgãos humanos, que mercantilizam a vida e causam a destruição da
família e de todos os laços fraternos de solidariedade...

Excomungamos todas as milícias paramilitares e a “banda podre” das
polícias porque, a cada ano, ceifam a vida de milhares de jovens e
adolescentes...

Excomungamos todos os tiranos que a ferro e fogo ainda reinam sobre a
face da terra, assentados em tronos de ouro, construídos com o sangue,
o suor e as lágrimas de seus súditos...

Excomungamos todos os mega-projetos, agro e hidro negócios, que
devastam a natureza, contaminam o ar e as águas e, no afã de acumular
poder e riqueza, reduzem drasticamente a biodiversidade sobre o
planeta Terra...

Excomungamos todos os pedófilos, estupradores, sequestradores e seus
cúmplices que não só escandalizam os inocentes, mas os convertem em
objeto de prazer e de lucro....

Excomungamos a violência do homem sobre a mulher e as crianças, não
raro encoberta pela inviolabilidade do lar e da família e que, aos
milhões, esconde hematomas, cicatrizes e traumas sem remédio...

Excomungamos os que fazem de seus carros uma arma que fere, mutila e
mata e que seguem impunes pelas ruas com suas máquinas velozes e
letais...

Excomungamos todo tipo de exploração do trabalho humano, transformando
mulheres e homens em peças descartáveis de uma engrenagem que se
alimenta de carne humana...

Excomungamos todo sistema prisional que, pela superlotação, pelos
abusos e pela tortura, avilta a pessoa humana e faz da prisão uma
verdadeira escola do crime...

Excomungamos todas injustiças e assimetrias realizadas em nome da
“democracia liberal”, pois a história tem sido testemunha de que essas
duas expressões são incompatíveis...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Literatura de Cordel


A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA
Miguezim de Princesa

I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda
,Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Semana Internacional da Mulher


Nesta semana destinada à mulher, a melhor maneira de homenageá-la é por sua obra, nunca por sua beleza efêmera, que se esvai com o tempo como tudo que é material.


Mas seus feitos permanecem, mesmo daquela anônima que vive para sua família cobrando de si a perfeição, cuida dos filhos, exerce trabalho externo e arruma tempo de se enfeitar para seu homem.

A mulher, com o seu jeitinho e a sua delicadeza, soube galgar e conquistar o seu degrau na escada da vida, que inclui o seu lado profissional, o seu lado familiar e o seu lado pessoal. Sabe que dispõe de muitas armas a seu favor, e mesmo mostrando fragilidade pode ser forte e decidida, e, dessa forma, subtrair de sua sensibilidade a força de que precisa. Quando descobre sua força, dedica-se incansavelmente a diversos setores, como as artes, ciências, política, religião.

Reverenciando a mulher brasileira destacamos Cecília Meireles, nascida no Rio de Janeiro a 07 de novembro de 1907, estudiosa de línguas, história, filosofia e cultura oriental. Abraçou a profissão de professora primária e entregou-se ao magistério com amor. Enfrentando problemas financeiros, exerceu diversas profissões na área de educação e comunicação. Seu maior legado foi a literatura, deixando dezenas de livros publicados para nosso deleite.

É de Cecília Meireles o poema a seguir, publicado em 1939 no livro "Viagem", que retrata a passagem inexorável do tempo. Esse livro foi o primeiro reconhecido da autora, e premiado pela Academia Brasileira de Letras. Eminentemente lírica, Cecília Meireles é, até hoje, uma das mais altas vozes da poesia brasileira – a mais espiritualizada delas. Sua poesia serve de antídoto à brutalidade dos tempos atuais.

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,

Assim calmo, assim triste, assim magro,

Nem estes olhos tão vazios,

Nem o lábio amargo.


Eu não tinha estas mãos sem força,

Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coração

Que nem se mostra.


Eu não dei por esta mudança,

Tão simples, tão certa , tão fácil:

-- Em que espelho ficou perdida

a minha face?

segunda-feira, 2 de março de 2009

Você sabe o que é "BAREBACKING"?


"Barebacking" , derivado da palavra barebackers (usada em rodeios para designar os caubóis que montam a cavalo sem sela ou a pêlo), surgido nos Estados Unidos e Europa, o termo ficou conhecido internacionalmente como uma gíria para o sexo sem camisinha, praticado de preferência em grupo, em festas fechadas, por homens sorodiscordantes (HIVs positivos e negativos). No Brasil, o termo “barebacking foi reduzido a “bare”, e pode ser traduzido como "cavalgada sem sela".

O “barebacking” é um fenômeno sociocultural que surgiu entre os homens que fazem sexo com homens (HSH), e se caracteriza pela prática intencional de sexo anal sem proteção com parceiros sexuais avulsos, ou seja, uma atitude consciente e sem um contexto de sexo seguro negociado entre as partes.

O uso de camisinha é inadmissível entre os adeptos, e a escolha do parceiro sexual aleatória. Em outras palavras, o sexo anal sem proteção, comportamento considerado de alto risco para adquirir o vírus do HIV, é a base da filosofia dos “barebackers”. O fetiche da prática consiste exatamente na possibilidade de contrair ou não o vírus.

O termo ganhou destaque no final do século passado em nosso país quando, em 1999, o ator pornô, ativista e soropositivo, Tony Valenzuela apareceu nu em cima de um cavalo na capa da revista Poz (voltada ao público homossexual), assumindo ser um adepto do “barebacking”.

Nas principais metrópoles, o fenômeno tem chamado a atenção de jovens. Comunidades sobre o tema se espalham por sites de relacionamento como o Orkut. No Rio e em São Paulo, a adesão ganha força. Na indústria pornô, os filmes bare são os mais procurados. No YouTube, as postagens com cenas de sexo sem o uso de preservativos lideram o ranking das mais assistidas. O conceito de barebacking se dissemina.

O movimento cresce no Brasil, de forma assustadora, e tornou-se uma questão de saúde pública e motivo de preocupação social. Contudo, o obscuro universo do barebacking é pouco discutido publicamente por especialistas em sexualidade humana. Ainda não há estudo com precisão estatística sobre o número de praticantes, independente de orientação sexual.

E apesar do conceito de barebacking estar associado a orgias freqüentadas por homens que praticam sexo com homens, qualquer pessoa, independentemente de orientação sexual, que busca o prazer sem lançar mão de camisinha é um barebacker.

Depois de várias ONGs no mundo todo terem lutado anos a fio, desafiando inimigos de porte que vão de chefes de estado aos grandes laboratórios farmacêuticos, passando por instituições religiosas e órgãos de saúde contra idéia preconceituosa e homofóbica de que gays seriam responsáveis pela disseminação da Aids, ressalta-se que o HIV não está restrita a um “grupo de risco” mas a “comportamentos de risco”. Em relação à população de modo geral, os adeptos do bare alegam que, em função dos avanços atuais relacionados ao tratamento anti-HIV e à facilidade de acesso a ele, caso sejam contaminados não perderão em qualidade de vida. Os mais velhos, por sua vez, passaram a enxergar a Aids como uma doença desprovida de perigo e que, caso alguém seja infectado, a medicação anti-retroviral “dará conta do recado”. E toda uma geração que jamais havia tido contato direto com a Aids atingiu uma faixa etária sexualmente ativa. Essa geração cresceu sendo superbombardeada pelas campanhas em favor do uso do preservativo e desenvolveu “imunidade” a elas, imaginando que Aids não deve ser “um monstro tão feio como pintam”.

Há que se ressaltar ainda que, o sexo sem uso de preservativos, pode desencadear outras doenças sexualmente transmissíveis, alem da AIDS. Fique alerta e não se arrisque, mesmo tendo um parceiro fixo, USE CAMISINHA E ESTIMULE ESSA PRÁTICA!