segunda-feira, 2 de março de 2009

Você sabe o que é "BAREBACKING"?


"Barebacking" , derivado da palavra barebackers (usada em rodeios para designar os caubóis que montam a cavalo sem sela ou a pêlo), surgido nos Estados Unidos e Europa, o termo ficou conhecido internacionalmente como uma gíria para o sexo sem camisinha, praticado de preferência em grupo, em festas fechadas, por homens sorodiscordantes (HIVs positivos e negativos). No Brasil, o termo “barebacking foi reduzido a “bare”, e pode ser traduzido como "cavalgada sem sela".

O “barebacking” é um fenômeno sociocultural que surgiu entre os homens que fazem sexo com homens (HSH), e se caracteriza pela prática intencional de sexo anal sem proteção com parceiros sexuais avulsos, ou seja, uma atitude consciente e sem um contexto de sexo seguro negociado entre as partes.

O uso de camisinha é inadmissível entre os adeptos, e a escolha do parceiro sexual aleatória. Em outras palavras, o sexo anal sem proteção, comportamento considerado de alto risco para adquirir o vírus do HIV, é a base da filosofia dos “barebackers”. O fetiche da prática consiste exatamente na possibilidade de contrair ou não o vírus.

O termo ganhou destaque no final do século passado em nosso país quando, em 1999, o ator pornô, ativista e soropositivo, Tony Valenzuela apareceu nu em cima de um cavalo na capa da revista Poz (voltada ao público homossexual), assumindo ser um adepto do “barebacking”.

Nas principais metrópoles, o fenômeno tem chamado a atenção de jovens. Comunidades sobre o tema se espalham por sites de relacionamento como o Orkut. No Rio e em São Paulo, a adesão ganha força. Na indústria pornô, os filmes bare são os mais procurados. No YouTube, as postagens com cenas de sexo sem o uso de preservativos lideram o ranking das mais assistidas. O conceito de barebacking se dissemina.

O movimento cresce no Brasil, de forma assustadora, e tornou-se uma questão de saúde pública e motivo de preocupação social. Contudo, o obscuro universo do barebacking é pouco discutido publicamente por especialistas em sexualidade humana. Ainda não há estudo com precisão estatística sobre o número de praticantes, independente de orientação sexual.

E apesar do conceito de barebacking estar associado a orgias freqüentadas por homens que praticam sexo com homens, qualquer pessoa, independentemente de orientação sexual, que busca o prazer sem lançar mão de camisinha é um barebacker.

Depois de várias ONGs no mundo todo terem lutado anos a fio, desafiando inimigos de porte que vão de chefes de estado aos grandes laboratórios farmacêuticos, passando por instituições religiosas e órgãos de saúde contra idéia preconceituosa e homofóbica de que gays seriam responsáveis pela disseminação da Aids, ressalta-se que o HIV não está restrita a um “grupo de risco” mas a “comportamentos de risco”. Em relação à população de modo geral, os adeptos do bare alegam que, em função dos avanços atuais relacionados ao tratamento anti-HIV e à facilidade de acesso a ele, caso sejam contaminados não perderão em qualidade de vida. Os mais velhos, por sua vez, passaram a enxergar a Aids como uma doença desprovida de perigo e que, caso alguém seja infectado, a medicação anti-retroviral “dará conta do recado”. E toda uma geração que jamais havia tido contato direto com a Aids atingiu uma faixa etária sexualmente ativa. Essa geração cresceu sendo superbombardeada pelas campanhas em favor do uso do preservativo e desenvolveu “imunidade” a elas, imaginando que Aids não deve ser “um monstro tão feio como pintam”.

Há que se ressaltar ainda que, o sexo sem uso de preservativos, pode desencadear outras doenças sexualmente transmissíveis, alem da AIDS. Fique alerta e não se arrisque, mesmo tendo um parceiro fixo, USE CAMISINHA E ESTIMULE ESSA PRÁTICA!

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