sexta-feira, 30 de maio de 2008

Em Busca da Felicidade


Vivemos em um mundo dual, do dia e noite, sim e não, bem e mal, claro e escuro, homem e mulher, amor e ódio. E como tudo que há em nosso Planeta, nós seres humanos também temos essa bipolaridade ( por exemplo os lados direito e esquerdo do corpo) e que, sem o negativo, o positivo não cumpre integralmente sua função (e vice-versa). Para que o planeta Terra "funcione" plenamente, não é possível eliminar a bipolaridade.

Mas como o homem possui uma Alma, ele, diferentemente dos inanimados, não só libera mas recebe e troca energia. Trocamos energia com todos os seres vivos, dos reinos mineral, vegetal, animal e humano e, quem sabe, trocamos também com seres de outras planetas, galáxias; na terceira dimensão (é aquela em que vivemos), quarta e outras tantas dimensões que ainda hoje desconhecemos, somente vislumbramos, intuímos.

Para sermos felizes, vamos tratar de nos centrar e buscar aproximar o que nos torna felizes e afastar o que nos torna infelizes. Para tanto é preciso saber exatamente o que buscamos, conhecermos nossos objetivos, descobrir quem somos. Neste momento, o primeiro passo é: “Conhece-te a ti mesmo”, e “Nada em Excesso”. Não deve ser a troco de nada que na Grécia, na entrada do templo de Apolo, em Delfos, existe até hoje essas inscrições que remontam da antiguidade.

O “Nada em Excesso” explica claramente as bipolaridades e a necessidade de atingirmos o equilíbrio, centrando-nos, sem deixar que qualquer dos dois lados exerça peso maior na balança, fazendo-nos realmente sentir que somos o ponto central do Universo.

E “Conhece-te a ti mesmo” pressupõe a impossibilidade de chegar a esse ponto de equilíbrio sem o pleno conhecimento de nossas dificuldades e nossas virtudes. Para compreendermos estas duas inscrições, temos que entender um pouco mais o movimento filosófico grego.

Na Grécia, berço de nossa civilização, através dos grandes filósofos e pensadores, surge um movimento que irá mudar toda a concepção da função do homem no Universo: é o movimento hermético neo-platônico (hermético porque fechado, exclusivo inicialmente a uns poucos, devido aos riscos da divulgação) “que contestava a antiga concepção medieval de que o homem era uma criatura miserável e pecadora e que a única maneira de se aproximar de Deus era através da Igreja".

Esse movimento acreditava que o ser humano fosse em sua essência o microcosmo dentro do macrocosmo e que, dessa maneira, o auto conhecimento seria a única alternativa pela qual se poderia estabelecer uma ligação com as próprias origens divinas” (O Tarô Mitológico, de Juliet Sharman-Burke e Liz Greene, Edit. Siciliano, pag. 9).
Mais tarde, a nova visão renascentista proclamava que o homem era um grande milagre, pois era o co-criador do Universo, estando ao lado de Deus. E quantas fogueiras foram acesas na Inquisição devido à essa proclamação!
No início de nosso século, Helena P. Bravatisky ( Síntese da Doutrina Secreta, Editora Pensamento) afirmava que “somos deuses e nos esquecemos”.
Até chegarmos ao final do século XX com os físicos modernos afirmando a existência de Deus, não mais conflitando com seus postulados, ao contrário, confirmando-os.

Neste momento podemos introjetar em nosso conhecimento duas afirmações bíblicas: somos filhos de Deus (“E criou Deus o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus e criou-os varão e fêmea”- Gên. 1:27); e podemos fazer o que Jesus fez e “muito mais”( ...”aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e fará outras ainda maiores”- Jo. 14:12).

Sermos feitos à imagem de Deus significa que passamos por toda a formação dos elementos químicos do Universo, sofremos os mesmos processos evolutivos e vivemos na dualidade para a manutenção do equilíbrio cósmico. Quanto aos milagres que Jesus realizou, significa que hoje, mais esclarecidos e evoluídos (pensemos em 2000 anos atrás), temos elementos físicos, emocionais, mentais e espirituais para realizarmos nossa própria cura e colaborar na dos outros, numa troca alquímica entre os elementos químicos. Basta dizer que quando um só elemento químico se altera, altera-se toda a estrutura dos elementos.

Mas, sem nos conhecermos, sem saber o que buscamos e queremos, vivemos ao sabor do vento, como uma pluma que é levada de uma lado para o outro, conforme sopra a brisa. Se, por decisão, traçarmos nossas metas para atingir nossos objetivos, nos fortalecemos e só vamos aonde queremos.

Contudo, isso implica em responsabilidade: muitas vezes é mais fácil deixar que a brisa nos leve, embora sua imprevisibilidade. Esses momentos do desconhecido, da surpresa, vamos deixar para o lazer, aqueles instantes de aventura, os quais também têm que ser previstos porque começam de um ponto de partida, têm um meio e um fim. E, no mínimo, para iniciar uma viagem aventureira, temos que optar por um ponto cardeal (vamos para o norte, sul, leste ou oeste?) Então todas as nossas decisões implicam em responsabilidade de escolha. Até para ligar o piloto automático tem que ser tomada a decisão de apertar os botões corretos.

Se escolhermos ser felizes vamos iniciar nossa jornada. Traçamos o roteiro (as metas), vivemos as etapas (o tratamento) e chegamos ao final (a cura), ao objetivo. Podemos começar esta viagem do “conhece-te a ti mesmo” e “nada em excesso” fazendo-nos algumas perguntas. Nossas dúvidas existenciais são frutos da busca de nossas origens e se não sabemos de onde viemos, para onde vamos e, principalmente, para que viemos, não conseguimos encontrar respostas para nossas inquietações.

O homem do terceiro milênio usa equilibradamente a razão e a emoção, e conhece-se a si mesmo.

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